segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A HISTORIA

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. 

No Brasil 

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. 


Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.


A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.


Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. 


Três estilos da capoeira 

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

Você sabia?

- Em 26 de novembro de 2014, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), declarou a roda de capoeira como sendo um patrimônio imaterial da humanidade. De acordo com a organização, a capoeira representa a luta e resistência dos negros brasileiros contra a escravidão durante os períodos colonial e imperial de nossa história.

- É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.

QUADRO COM NOMES DOS GOLPES DE CAPOEIRA

Quadro com os Nomes dos Golpes[editar | editar código-fonte]

MortaisTraumatizantesDesequilibrantesEsquivasFugasFloreios
Meia-lua de CompassoRasteiraNegativa
Rabo de ArraiaMarteloVingativaMacacoRelógio
Meia-lua de FrenteBandaEsquivaS-DobradoPião de Mão
ArmadaArrastãoCocorinhaAú de CabeçaSaca-rolha
QueixadaTesouraRoléAú sem MãoMortal
PonteiraQueda de QuatroParafuso
BênçãoQueda de RinsFolha Seca
Cotovelada
Cabeçada
Palma
Joelhada

GOLPES MOVIMENTOS

Golpes e movimentos

Aú fechado
A capoeira usa primariamente os pés como ataque. Golpes podem ser diretos, como no caso do Martelo, ou giratórios, como no caso da Meia-lua de compasso. A rasteira é de suma importância, considerada por muitos como a melhor arma disponível para o capoeirista. Desenvolvida para o combate em desvantagem, o ataque do capoeirista deve ser aplicado no momento oportuno e de forma definitiva.
A defesa usa o princípio da não resistência, isto é, evitar um golpe com uma esquiva em vez de apará-lo. Esquivas podem ser executadas tanto em pé quanto com os apoios das mãos no chão. No caso de impossibilidade da esquiva, o capoeirista se defende aparando ou desviando o golpe com as mãos ou as pernas.
 A ginga é importantíssima para a defesa e para o ataque do capoeirista, tornando o capoeirista imprevisível durante o ataque e dificultando um possível contra-ataque, além de evitar que o capoeirista se torne um alvo fixo. Completam a técnica as cabeçadas, floreios (acrobacias no solo), tesouras, coto

O APELIDO

O apelido

Tradicionalmente, o batizado seria o momento em que o capoeirista recebe ou oficializa seu apelido, ou nome de capoeira. A maioria dos capoeiristas passa a ser conhecida na comunidade mais pelos seus respectivos apelidos do que por seus próprios nomes. Apelidos podem surgir de inúmeros motivos, como uma característica física, uma particular habilidade ou dificuldade, uma ironia, a cidade de origem, entre outros.
O costume do apelido surgiu na época em que a capoeira era ilegal. Capoeiristas evitavam dizer seus nomes para evitar problemas com a polícia e se apresentavam a outros capoeiristas ou nas rodas pelos seus apelidos. Dessa forma, um capoeirista não poderia revelar os nomes dos seus companheiros à polícia, mesmo que fosse preso e torturado. Hoje em dia, o apelido continua uma forte tradição na capoeira, apesar de não ser mais necessário.

O BATISMO

O batizado

O batizado é uma roda de capoeira solene e festiva, onde alunos novos recebem sua primeira corda e demais alunos podem passar para graduações superiores. Em algumas ocasiões, podem-se ver formados e professores recebendo graduações avançadas, momento considerado honroso para o capoeirista. O batizado parte ao comando do capoeirista mais graduado do grupo, seja ele mestre, contramestre ou professor. Os alunos jogam com um capoeirista formado e devem tentar se defender. Normalmente, o jogo termina com a queda do aluno, momento em que é considerado batizado, mas o capoeirista formado pode julgar a queda desnecessária. No caso de alunos mais avançados, o jogo poderá ser com mais de um formado, ou até mesmo com todos os formados presentes, para as graduações avançadas.

GRADUAÇÃO NA CAPOEIRA

Iniciante
Corda Crua
Aluno
Corda Crua/Amarela

Transformação
 Corda Amarela

"O Ouro" - Significa a valorização do aprendizado que será desenvolvido à partir desta graduação.
Corda Amarela/Laranja

Transformação
 Corda Laranja 

"O Sol" - Significa o despertar para a consciência do aprendizado.
Corda Laranja/Azul

Transformação

Aluno Graduado 
Corda Azul

"O Mar" - Significa a consciência da imensidão do caminho a pecorrer.
 Corda Azul/Verde

Transformação.
Corda Verde - Transformação.

"A Floresta"- Significa um dos pulmões do mundo. É nessa graduação que se concentra todo o trabalho. É a solidificação do aprendizado. É desta graduação que sairá a continuação e o alicerce da ABADÁ.
 Corda Verde/Roxa

Transformação.

Instrutor
Corda Roxa

"A Ametista" - É reflexão da continuidade da capoeira. É nesta graduação que o capoeirista procura superar a dor física, psicológica e espiritual na busca dos conhecimentos da capoeira e na defesa dos ideais da ABADÁ.
 Corda Roxa/Marron

Transformação.

Professor
Corda Marron

É a corda que caracteriza o estilo, "O Camaleão". É desta graduação que sairão os futuros Mestrandos, Mestres e Grão-Mestres da ABADÁ.
 Corda Marron/Vermelha

Transformação.

Mestrando
Corda Vermelha

"O Rubi" - É a pedra que simboliza a justiça. É a fase que o capoeirista adquire a consciência da responsabilidade que tem para com a capoeira, procurando conduzir o seu trabalho e suas decisões com justiça.
Mestre
Corda Vermelha/Branca

Transformação. É nesta graduação que o capoeirista procura desenvolver todo o seu potencial, no sentido de congregar e manter os ideais da ABADÁ, já que está numa fase de transformação, ou seja, se preparando para assumir a graduação máxima dentro do sistema de graduação do ABADÁ. Para isso, é preciso, decidir com acerto, precisão, honestidade, lealdade e acima de tudo com sabedoria e imparcialidade.
Grão-mestre
Corda Branca

"O Diamante" - É o mineral, que reflete todas as cores. É o mais duro e resitente minério. É dele que todo o sistema ABADÁ se sustenta, para a preservação dos seus ideais. É no branco que todas as cores se reunem. É através da sabedoria, paciência, humildade, lealdade e firmesa de propósitos que irá manter a sua filosofia, tradição e fundamentos. Só haverá um Grão-Mestre na ABADÁ. Todos estes atributos estarão concentrados numa única pessoa, que terá a responsabilidade maior de conduzir os destinos da ABADÁ.

Sistema de graduação infantil (até 16 anos)

Iniciante
Corda Crua


Aluno
Corda Crua/Amarela
Corda Amarela
Corda Crua/Laranja
Corda Amarela/Laranja
Corda Laranja
Corda Crua/Azul
Corda Amarela/Azul
Corda Laranja/Azul
 

Aluno Graduado

Corda Azul


Sistema de graduação pré-escolar (até 6 anos)

Ponteira Amarela - 3 e 4 anos
Ponteira Laranja - 4 e 5 anos
Ponteira Azul - 5 e 6 anos